ilusão de baunilha

Lembro-me quando aquele incenso se consumia, lentamente. Largava aquele fuminho que esvoaçava no ar e que se entranhava em todos os recantos daquela toca, deixando um aroma a baunilha, que agradava às visitas. Eu paralisava e respirava aquela essência, que se enfiava pelas narinas e que me fazia imaginar qualquer coisa. Por mais que o pensamento fosse ridículo ou idiota, era um dos momentos em que eu podia reflectir, todas as passagens da minha existência, sem nenhuma distracção. Transportava-me, para outros horizontes, sem ninguém se aperceber. E eu própria sonhava com aquilo que por vezes era impossível acontecer, como toda a gente faz, quando se está na lua. Enquanto isso, a ilusão desaparecia...

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